Os meses de julho e agosto são os melhores para visitar este país pois é quando as temperaturas são suficientemente quentes para podermos trilhar as montanhas, já sem gelo e neve para atrapalhar. Este ano, anormalmente, chegámos a ter temperaturas máximas de 38º às 10 horas da manhã! Mas, nas zonas mais isoladas, as temperaturas desciam consideravelmente e o frio apertava.

Posto isto, vamos falar de algumas coisas que nos encantam neste país de nómadas. Não vamos contar tudo ou iríamos tirar-vos o gosto de virem a descobrir por vocês mesmo.

93% do país encontra-se a uma altitude situada entre os 1000 e os 7400 metros! Mais de 43% do país está acima dos 3000 metros, portanto, montanhas não vão faltar. E que montanhas! Celestiais, como os quirguizes as proclamam.

Aqui esquecemo-nos que o mundo existe. Sem qualquer som por perto, o Depois em Dzhety-Ogyuz, na região de Karakol, bem perto do 10º maior lago do mundo, tivemos os primeiros vislumbres do verdadeiro Quirguistão, tantas vezes comparado à Suiça. Os prados e montanhas cheias de florestas de abetos tão altos e tão surpreendentemente organizados. E os rios de água glaciar davam o complemento final à paisagem, parecendo saídas de contos de fadas

No vale do Altyn-Arashan começámos a sentir a grandeza das montanhas. Estamos a uma altitude de 2400 metros e as montanhas longínquas tornam-nos ainda mais pequenos, pois já que são bem mais altas do que o ponto de onde nos encontramos.

Aqui cruzamos com vários trekkers, que desafiam a altitude e os seus corpos, percorrendo estas montanhas a pé com altitudes de cerca de 4000 metros. Depois dessa peregrinação que todos cumprem para si mesmos, nada com um banho quente nos reservatórios do vale, em Altyn-Arashan, a curar o corpo e a mente.

É impossível captar numa fotografia a imensidão desta paisagem. E, quando a ela se junta uma planície a perder de vista, mais encantados ficamos com algo que só os nossos olhos conseguem memorizar.

Do topo de uma colina a melhor vista sobre o lago Son-Kul, perto do local onde dormimos num acampamento de nómadas quirguizes, nas famosas iurtas

Viver esta experiência completa quirguiz, é viver a tradição que este povo vive desde há milhares de anos, e com outros povos já viveram também.

Visitar o Quirguistão não é só turismo, ou procurar a melhor paisagem, ou a melhor pista de todo-o-terreno, é recuar no tempo e percebermos do que é que somos feitos e de como chegámos onde estamos agora. O que procuramos nas nossas viagens, principalmente aqui, é descansar a mente, que é constantemente bombardeada com a “evolução” que vivemos em casa. E, por vezes, para isso, precisamos de voltar às nossas raízes.

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