Vamos a factos: entre janeiro e agosto de 2019 arderam 43.573km2 de floresta amazónica, a maior floresta tropical do mundo. A área terrestre da Costa Rica é de 51.000km2. Isto significa que praticamente ardeu um país inteiro.

Com o tema das alterações climáticas na agenda política de vários governos e de milhares de manifestações pelo clima e pelo Planeta, nada melhor do que perceber o que um pequeno país, que cabe 110 vezes na Amazónia, fez para tornar a Terra num espaço melhor.

A meio do século XX, a Costa Rica centrou as atenções nas suas florestas. Onde havia árvores havia dinheiro. Seguiu-se então uma deflorestação descontrolada deixando as florestas tropicais com um futuro incerto. Até meados de 1980 o país tinha perdido dois terços das suas florestas tropicais e o consequente desaparecimento de habitats naturais de espécies nativas.

Depois de várias décadas de declínio algo aconteceu. Algo que significaria a inversão da maré destrutiva na busca incessante de lucro. A percentagem de deflorestação diminuiu e eventualmente chegou aos 0%. Com o tempo as árvores voltaram a aparecer.

O que mudou? A resposta é simples. O país percebeu cedo o potencial da riqueza dos seus ecossistemas e trabalharam para os proteger.

Foram criadas leis para restringir ao máximo o corte da madeira e foi criada uma comissão para vigiar a atividade florestal. Em 1996 introduziram um serviço de pagamentos para os serviços ambientais para ajudar a reduzir a pobreza, principalmente nas zonas rurais. O Fundo Nacional Florestal foi estabelecido e reconheceram que uma floresta tropical “saudável” providenciaria inúmeros benefícios: reduzindo as emissões de dióxido de carbono, melhorando a filtragem da água, um maior retorno financeiro e melhor extração de recursos naturais para aplicar nas áreas farmacêuticas e medicina natural.

O fundo criado ofereceu aos proprietários dos terrenos rurais incentivos financeiros para preservarem os seus terrenos, contribuindo para uma melhoria na gestão da reflorestação.

Outra consequência, desta vez indireta, foi o aumento do turismo. As suas praias tanto das costas do Pacífico e do Atlântico atraem milhares de turistas por ano e, conciliando com as florestas tropicais cheias de milhares de espécies animal fazem da Costa Rica um país ideal para turismo de aventura.

A Costa Rica é dos países líderes em ecoturismo e foi graças a estas políticas e a capacidade de perceber o potencial que a terra lhes dá que mudaram as suas políticas de deflorestação para as preservar.

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