A conservação animal e ambiental é um dos pilares da Namíbia e um motivo que enche de orgulho os namibianos e todos aqueles que têm a felicidade de conhecer este país. Hoje em dia, cerca de 43% do território nacional está sob área protegida de conservação. Desta área fazem parte parques nacionais, como o conhecido Etosha National Park, diversas reservas privadas e florestas.

A Namíbia foi o primeiro país africano a incorporar a proteção do ambiente na sua constituição, tendo o governo reforçado esta medida oferecendo às comunidades oportunidades e direitos para gerirem a vida selvagem através de políticas conservacionistas.

Depois da sua independência do governo da África do Sul em 1990, visionários conservacionistas na área ambiental, com o apoio do Ministério do Ambiente e do Turismo, apresentaram novas políticas que permitiam as comunidades rurais beneficiarem tanto do ambiente como dos animais aí presentes.

Duas leoas e duas crias no Etosha National Park

Um sentimento de posse sobre a vida animal e seus recursos foi promovido e encorajou as pessoas a usarem estes recursos de forma sustentável protegendo o que mais precisavam, alimento. Hoje veem a vida selvagem como um complemento para as suas atividades relacionadas com agricultura e pastoreio.

Grande parte dos cidadãos, que vivem nas zonas mais afastadas das grandes cidades, vivem lado a lado com animais selvagens, incluindo predadores e grandes mamíferos, mas gerindo os seus recursos de forma sábia.

Devido estas políticas, a Namíbia alberga atualmente a maior população livre de rinocerontes negros e de chitas do mundo. Ao contrário de outros países vizinhos que vê os seus rinocerontes e chitas desaparecerem a cada dia. É também, o único país a ter conseguido aumentar o número de leões livres, assim como a população de elefantes que aumentou, entre 1995 e 2008, de 7500 para 16000.

Dezenas de elefantes e órix em waterhole
Dezenas de elefantes e de órix em waterhole

A caça ilegal continua, ainda assim, a ser um dos obstáculos para estas políticas de conservação animal. E na Namíbia, que deveria servir de exemplo para outros países, apesar de ainda sofrer de alguns casos de caça ilegal, viu estes números baixar consideravelmente desde que implementou uma política pioneira – a de oferecer trabalho de proteção animal a caçadores ilegais. Estes que antes caçavam ilegalmente animais a troco de dinheiro agora protegem-nos, contribuindo assim para a preservação animal.

A Namíbia percebeu cedo o potencial que o seu território tinha e a tendência que o turismo de safari estava a ter na década de 90. Hoje é dos melhores países para a observação da vida selvagem tanto em santuários como em parques nacionais, ou com sorte, livres e no seu estado mais selvagem.

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